quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A tia Naná

Prometi um post sobre a tia Naná. Ei-lo!

Gente, eu juro que não quero fazer inveja em ninguém. Gostaria que TODA mãe no mundo tivesse uma tia Naná. Aliás, acho até que devia estar previsto o direito a uma tia Naná no Pacto de São José da Costa Rica, na Convenção de Genebra.

Alguém me disse certa feita, quando declarei que não teria uma doula no parto do Miguel, que doulas até salvam casamentos. Acredito. Mas uma tia Naná, pessoal, eu garanto: ela salva casamentos, relações familiares, a saúde mental de uma puérpera... O mundo!

Joana d'Arc é o nome dela. Poucos sabem. Naná é o apelido dado pelo irmão desde sempre. Técnica em enfermagem, trabalhou muitos anos como babá durante o dia e em CTI de alguns hospitais à noite. Depois foi trabalhar na maternidade do IPSEMG, onde permaneceu por quase dez anos e aposentou-se recentemente. Sempre no plantão noturno. Portanto, tia Naná não tem problemas em passar madrugadas acordada.

Ela é ninja com crianças! Nunca vi uma criança que não gostasse da Naná, que não dormisse com ela em 5 minutos, mesmo depois de ter passado por 72 colos aos prantos, resistindo ao sono ou com algum incômodo. Acha TODA criança linda e se derrete toda por qualquer pequeno.

Não bastasse ser minha tia, é também minha madrinha - de batismo e casamento... Bônus extra de carinho pelos meus filhos. 

No batizado da Alice, há dois anos


Tia Naná sabe ajudar qualquer puérpera a amamentar. Sabe truques para aliviar os desconfortos - foi ela quem me ensinou a usar casca de mamão quando meus seios começaram a ferir logo que Alice nasceu. Sabe massagens para as cólicas dos bebês, drenagem linfática para aliviar as pernas pesadas pela retenção de líquidos das gestantes, massagem  relaxante para aliviar as dores nas costas das mamães cansadas. Não se intimida com choro de bebê, adora brincar com os pequenos e é, de longe, a pessoa mais disponível e capaz de se doar que eu conheço.

Eu juro: ela é de verdade! Passou 10 dias na minha casa quando Alice nasceu. Duas semanas quando Miguel nasceu. Sempre que preciso, deixo os pequenos na casa dela ou peço que venha para a minha. Quando era só a Alice, até fiz viagens curtas, de um ou dois dias, enquanto ela ficava na casa da tia Naná. 

E este ano, curtindo férias conosco
Ah, ela é super crafty também. Toalhinas com nome da criança bordado? Ela faz. Babinhas? Idem. Enfeites para as festinhas hand made que eu amo? Também.

Tia Naná merecia ou não um post pra ela? Fosse eu minimamente mística, diria que ela é um anjo! 

Toda mulher deveria ter uma tia Naná!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Padrão Yorke de Qualidade e escala Alice: Festival Saci



Entusiasta que sou de eventos para o público infantil, mais ainda, para toda a família, sobretudo em espaços públicos, resolvi que vou escrever avaliações sobre tais eventos aqui no blog.

Em BH tem crescido, em número e qualidade, as programações do tipo. O line up tem sido cada vez melhor, mas a estrutura ainda é regular e, bem fraquinha, é a postura do público.

Estivemos, Alice, Miguel e eu, na Praça do Papa para os shows do Armatrux e Palavra Cantada, terça e ontem, respectivamente. Vamos às impressões:

Espaços para oficinas e show bem divididos, sinalizados e limpos (!) - ponto para a produção. Havia cadeiras na área do show, em número bem razoável. Banheiros químicos e, acreditem: fraldário! Quem tem bebê sabe da importância e raridade desse tipo de estrutura em eventos, privados e principalmente públicos. É bem verdade que o fraldário consistia em mesa e pia, além de duas poltronas que serviam muito bem para amamentação. Ou seja, ainda não é o ideal, mas é um grande passo para quem sai com bebês.

Os banheiros químicos estavam em bom número, mas concentrados em local um pouco afastado dos shows. Isso significa não ter tempo hábil para levar uma criança pequena, atravessando a multidão e correndo morro abaixo. E banheiros químicos, convenhamos, não são muitos fáceis de se levar uma criança. Ainda é preciso pensar em estrutura mais adequado para eventos voltados para famílias e crianças. Não sei se já existe, mas inventarão caso cobremos, certo?

Havia, nos dois dias, apenas uma barraquinha de alimentação, com uma única opção, não muito adequada, ainda mais para crianças menores. Na terça, na hora do show, não havia mais água gelada. Na quarta, não havia QUALQUER bebida. E o calor era muito, muito intenso. Tive que recorrer aos tradicionais carrinhos da praça. Por sorte estava acompanhada e pude deixar as crianças enquanto andei bastante para comprar água.

Os shows foram praticamente impecáveis. Da escolha do line up à pontualidade. O som, embora de muita qualidade, teve momentos de volume muito alto, incomodando algumas crianças. Mais na terça do que na quarta. Mas imperou a animação, além do carisma de ambos os grupos e a interação com o público. E o cenário é demais, né? A praça é linda e bastante agradável. Mesmo com o enorme público de quarta, acomodou muito bem todos os presentes. Com o palco situado numa ampla área plana, foi uma delícia curtir as apresentações.


O público... Esse tem muito a aprender. Ainda jogam lixo no chão, não cedem cadeiras a quem realmente precisa delas, fecham passagens e não se importam em atrapalhar a visão de quem está atrás. Entre crianças quase sempre há uma ótima socialização e, entre mães, prevalece a solidariedade, felizmente!

Em suma, excelente programa!

A palavra de quem realmente importa:

Na escala Alice, o show da Palavra Cantada obteve avaliação máxima:


Miguel, quando perguntado, respondeu: Angu.


Na avaliação geral da cooperativa Yorke, o Festival Saci obteve 4 estrelas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Como estragar a vida do seu filho desde o útero

Tive duas grandes decepções esta semana. A primeira foi com Dudu Jorge, ex aquele lindo, minha esperança (ainda que remota) de um dia ter um Mujica brasileiro, em que pese nós brasileiros não merecermos um Muijica. Ele declarou apoio ao aécio (que não merece letra maiúscula) e partiu meu coração. Senti-me traída, magoada. Rancorosa que sou, não esquecerei nunca viu, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho?! NUNCA!!!

A segunda foi com a Humanidade, pela capacidade de produzir produtos absurdos, nonsense e maquiavélicos. Gente, juro... Quando vi esse sistema de educação pré-natal, julguei que tinha perdido a razão de vez. Estava alucinando, tinha lido errado, sonhava. E TEM GENTE QUE COMPRA! Nesse passo, os quase 700 reais vão fazer falta daqui a seis anos, quando a criança for ingressar em Harvard.



Eu preciso urgente renovar minha fé na Humanidade. Acho que seu eu ler a biografia da Madre Teresa, do Dalai Lama, do Arafat... Nem assim a Pollyanna em mim será ressuscitada em curto período.