sábado, 23 de agosto de 2014

Dos partos que eu tive... - Parte I: Vamos ter um bebê!

Hoje começo uma série de posts (não necessariamente consecutivos), que estou ensaiando escrever há algum tempo, sobre meus partos. Mais do que um relato, é uma reflexão bem subjetiva sobre as experiências e sentimentos que vivi nas duas gestações, partos e puerpérios. Pela subjetividade, peço paciência daqueles que lerem... Este registro é para mim, bem egoísta mesmo, uma forma de elaboração. Mas ler e ouvir outras experiências me ajudou tanto, que achei que valia a pena o registro público.

Tudo começou quando finalmente nos mudamos para nossa casa, planejada desde antes do casamento. Sempre que perguntados quando viriam os filhos, dizíamos: quando a casa ficar pronta.

Pronta ela nunca estará. Ainda parece um acampamento, com mil coisas pendentes. Mas nos mudamos e ela tinha o essencial. Os planos começaram, a vontade de ter um bebê, já falávamos em nomes - Pollyardo e Eduanna, claro!

Nos mudamos em dezembro. Em março, resolvemos iniciar as tentativas no ciclo seguinte. Em maio, após duas semanas de atraso, teste negativo. O atraso permaneceu e o segundo teste deu positivo. Assim, na primeira tentativa! Não esperávamos que fosse tão rápido.

E foi assim toda a gestação... Uma leve náusea que durou umas três semanas, tudo certo em todos os exames e, à exceção de uma infecção urinária que me obrigou a tomar antibiótico nos últimos dois meses, nenhuma intercorrência.

Lá pelo meio da gestação, perguntei sobre o parto. O GO informou que, devido a uma miomectomia prévia, eu não poderia ter parto normal. Insisti um pouco, ele ficou de estudar, mas seguiu afirmando que não era possível, eu concordei.

A essa altura, me preocupava com o nome, o enxoval, o quarto, pensava em como ela seria - já sabíamos que era uma menina. Me divertia com as estripulias que ela já aprontava dentro da barriga, chutando ou mostrando a língua durante a ultrassonografia.

Meus pensamentos eram todos para o pós-parto, nos momentos com minha filha já em casa, sob nossos cuidados. O parto pra mim era uma etapa necessária, mas que não valorizei. Só era importante que Alice nascesse bem, saudável e, como me disseram que a cesárea era a melhor indicação, seria cesárea. Seria com o médico que havia feito a miomectomia e meu pré-natal, e que foi meu gineco nesse intervalo. Eu não correria riscos e por isso paguei um valor extra (e alto!) além do plano de saúde, por sua disponibilidade.

Tudo isso fez sentido à época e só me incomodou a história de "pagar por fora", que sempre me pareceu antiética. Mas, como disse, não correria riscos.

Minha família se reuniu em Divinópolis, na casa do meu irmão, para o Reveillón. Eduardo e eu não fomos. Passamos a virada na cama, vendo fogos pela janela, enquanto eu tinha leves (levíssimas) contrações e torcíamos para a bebê não resolver chegar justo naquela noite... Já nos imaginávamos na cláaaaassica reportagem do MGTV do primeiro dia do ano, que mostra o primeiro bebê nascido no estado!

Fiz o último ultrassom com 36 semanas. Levamos ao GO e ele agendou a cesárea para a semana seguinte. Só hoje entendo o absurdo disso, mas eu pensava que, já que seria cesárea de qualquer forma, por que não agendar? Estava convencida de que entrar em trabalho de parto era um risco para a bebê e para mim.

Tudo organizado, malas prontas, compras feitas, quarto prontinho, lembrancinhas preparadas. No dia anterior ao dia programado para o parto, caiu um barranco que fechou a estrada que liga Nova Lima a BH. Procuramos rotas alternativas, passando por Sabará, e fomos até o posto da PRE que tem próximo ao condomínio, pedir informações sobre a liberação da estrada. O guarda disse que estava tudo tranquilo e, já que estávamos lá, pediu pra ver os documentos do veículo e do motorista.

(Pausa para vocês rirem da nossa cara)

Enfim chegou o dia programado. Tudo sob controle. Seguimos para a maternidade, eu com o devido jejum recomendado pelo GO. Check-in ok, seguimos para meu quarto. Eduardo devidamente equipado com o cd que preparamos para o parto e a máquina fotográfica.

A enfermeira veio me buscar. Eduardo iria um pouco depois. Minha mãe e minha sogra já estavam no quarto, aguardando nosso retorno.

O parto... O parto fica para o próximo post!




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